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Você sabia que cerca de 10% dos casos de queda capilar estão ligados a alopecias raras, muitas vezes negligenciadas? Enquanto a alopecia androgenética e o eflúvio telógeno dominam os diagnósticos, outras formas menos comuns — porém graves — exigem atenção imediata.
Neste artigo, explicamos 8 alopecias raras, com base em fontes como a Sociedade Brasileira de Dermatologia e estudos publicados em periódicos de Medicina pelo mundo. Identificar sinais precoces pode salvar seus fios!
O que você vai encontrar neste artigo:
ToggleImagine ver sua cabeleira desaparecer em círculos perfeitos, como se tivessem criado clareiras em meio a uma floresta de fios. Essa é a essência da alopecia areata.
Afetando aproximadamente 150 mil brasileiros, essa condição se manifesta de forma aguda: em poucos dias, áreas circulares do couro cabeludo ficam totalmente despidas, enquanto os fios ao redor permanecem intactos.
A alopecia areata ocorre quando o sistema imunológico, possivelmente atravessando um estresse intenso, ataca seus próprios folículos (é, portanto, uma doença autoimune).
Embora, em alguns casos, os cabelos possam voltar a crescer de forma espontânea, a maioria dos pacientes precisa recorrer a tratamentos – que vão desde medicamentos de uso oral, tópico ou infiltração local de corticosteroides a terapias com luz (como a fototerapia e a LEDterapia).
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As formas mais severas desta patologia são a alopecia areata total, quando todos os fios da cabeça caem e não voltam, e a alopecia areata universal, quando não apenas os cabelos sofrem queda, mas os pelos e os cílios também.
Em dezembro de 2024, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atualizou suas diretrizes para o tratamento da alopecia areata grave, destacando os inibidores de Janus quinase (JAK) – como o baricitinibe e o ritlecitinibe –, que estão revolucionando o combate à queda capilar.
Foram detectadas taxas de resposta promissoras (até 38,8% em 36 semanas para o baricitinibe e 31% em 24 semanas para o ritlecitinibe), assim como efeitos colaterais reduzidos1.
Penteados muito apertados, que puxam os fios com insistência, podem acabar arrancando as raízes e provocando queda de cabelo precoce. Essa é a alopecia por tração.
O problema é mais visível nas regiões frontal e lateral do couro cabeludo, onde a linha dos cabelos vai se retraindo gradativamente. Nos estágios iniciais, pode-se notar fios mais curtos formando uma espécie de franja irregular, acompanhados de escamas ou até pontinhos de pus – sinais de que o estímulo constante já está prejudicando os folículos.
Se a intervenção ocorrer cedo, basta repensar o estilo e abandonar os penteados que sobrecarregam os fios. Mas, cuidado: se o tracionamento persistir, a condição pode evoluir para uma alopecia cicatricial, em que a inflamação contínua substitui os folículos por tecido fibroso.
Nesse estágio, o dano é irreversível, e mesmo o transplante capilar pode ser ineficaz. Descubra no próximo tópico o porquê.
Essa condição, embora afete uma pequena parcela da população, gera grande preocupação – principalmente porque, uma vez instalada, os folículos capilares são substituídos por tecido cicatricial (fibrose).
Sem uma faixa etária definida, a alopecia cicatricial ocorre mais em adultos, geralmente a partir dos 19 anos. Ela pode ser causada por doenças raras, como o lúpus eritematoso discoide, que promove uma inflamação severa e destrói os folículos.
O tratamento varia conforme a causa e o estágio da inflamação, envolvendo desde o uso prolongado de corticosteroides (orais ou injetáveis) até a possibilidade de transplantes capilares.
Contudo, a eficácia do transplante depende de diversos fatores – como a qualidade e a vascularização do tecido cicatricial. Muitas vezes, é necessário preparar o “terreno” para que os novos folículos consigam prosperar, e isso envolve a estabilização da alopecia por pelo menos 1 ano2.
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O líquen plano pilar (LPP) é uma doença inflamatória crônica e rara que afeta o couro cabeludo, sendo um dos principais exemplos de alopecia cicatricial linfocítica.
Isso significa que a inflamação causada pelo LPP destrói gradualmente os folículos capilares, substituindo-os por tecido cicatricial – um processo irreversível que leva à perda permanente dos fios.
Os primeiros sinais do líquen plano pilar podem ser sutis, mas tendem a se intensificar com o tempo. A queda de cabelo ocorre de forma progressiva, geralmente no topo da cabeça, acompanhada de sintomas como sensação de queimação, coceira ou dor no couro cabeludo.
É comum a presença de vermelhidão e descamação ao redor dos folículos capilares, podendo evoluir para cicatrizes lisas e brilhantes na área afetada, o que indica a destruição definitiva dos folículos.
O diagnóstico é feito por um dermatologista por meio de exame clínico e biópsia do couro cabeludo, que permite confirmar a inflamação característica e a substituição dos folículos por tecido fibroso.
Embora o líquen plano pilar não tenha cura, o tratamento busca controlar a inflamação e impedir a progressão da doença. Entre as principais abordagens, destacam-se o uso de corticosteroides tópicos ou injetáveis para reduzir a resposta inflamatória, inibidores de calcineurina como alternativa para casos resistentes aos corticosteroides e drogas imunossupressoras indicadas em quadros mais agressivos.
Além disso, a terapia com luz de baixa intensidade (LLLT) surge como uma opção promissora para diminuir a inflamação e estimular a atividade dos folículos remanescentes, podendo contribuir para a estabilização do quadro e a manutenção dos fios existentes3.
Uma doença descrita há pouco tempo é a perda de cabelos na linha frontal, que aumenta a área sem cabelos da testa, com aspecto cicatricial e que pode incluir as sobrancelhas e cílios. Trata-se da alopecia frontal fibrosante.
Afeta majoritariamente mulheres na pós-menopausa com faixa etária de 60 anos, entretanto, alguns casos em mulheres jovens foram relatados pela literatura.
Os sintomas podem variar, mas é comum que as pacientes relatem uma sensação de coceira ou queimação na região afetada, além de notar uma retração sutil, porém constante, da linha capilar. O diagnóstico precoce é crucial para interromper ou, pelo menos, retardar a progressão do quadro.
Entre as abordagens terapêuticas, os tratamentos anti-inflamatórios – que incluem corticosteroides tópicos ou injetáveis – e imunomoduladores têm mostrado resultados promissores ao controlar a inflamação e preservar os folículos remanescentes.
O transplante de cabelo, embora possa ser feito, não garante a estabilização da doença4.
A Síndrome de Graham-Little é uma doença autoimune rara que provoca um padrão peculiar de queda de cabelo. Acredita-se que envolva um mecanismo autoimune mediado por células T5.
Enquanto no couro cabeludo os fios caem de forma irreversível devido à formação de cicatrizes, nas axilas e na região pubiana a perda de pelos ocorre sem deixar marcas permanentes. Essa diferença sugere que os folículos dessas áreas respondem de maneira distinta à inflamação.
A síndrome é considerada uma variante do líquen plano pilar e afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos6. Além da queda capilar, os pacientes podem desenvolver pequenas lesões na pele (pápulas liquenoides), que se assemelham a escamas finas em outras partes do corpo.
O tratamento busca controlar a inflamação e retardar a progressão da doença, utilizando corticosteroides, imunossupressores e terapias tópicas. No entanto, os resultados variam entre os pacientes, e a reversão dos danos no couro cabeludo é difícil. Um acompanhamento dermatológico cuidadoso é essencial para minimizar os impactos da doença.
A alopecia mucinosa, ou follicular mucinosis, é uma condição rara que provoca a queda de cabelo de maneira única: em vez de inflamação agressiva ou falha genética, o problema ocorre devido ao acúmulo anormal de mucina, uma substância gelatinosa rica em glicoproteínas, dentro dos folículos capilares e na pele.
Esse excesso interfere no crescimento dos fios, causando áreas de queda no couro cabeludo, rosto ou tronco. A alopecia se apresenta de duas maneiras: uma forma primária, geralmente benigna e de curso autolimitado (pode melhorar sozinha), e uma forma secundária, que pode estar ligada a condições mais sérias, como linfomas cutâneos.
O diagnóstico é feito por meio da avaliação clínica e de uma biópsia. O tratamento é adaptado conforme a forma e a gravidade da doença.
Esta é uma condição rara que afeta os folículos capilares devido a um acúmulo anormal de queratina, a proteína que compõe nossos cabelos. Isso forma “tampões” que bloqueiam os folículos, desencadeando uma inflamação que, se não controlada, pode levar à cicatrização e à perda permanente de cabelo.
Embora a reversão de cicatrizes já estabelecidas da queratose folicular espinulosa decalvante seja difícil, o tratamento tem como objetivo interromper o processo inflamatório e prevenir a progressão da doença.
Geralmente, utilizam-se tratamentos tópicos, como retinoides, que ajudam a desobstruir os folículos, aliados a corticosteroides para diminuir a inflamação e aliviar a irritação.
Para finalizar este post sobre tipos mais raros de alopecias, devemos lembrar ainda que, se o organismo precisar concentrar energia para tratar algum problema, com certeza vai deixar de se preocupar com os cabelos.
Por isso, várias doenças crônicas, como diabetes e lúpus, acabam levando à queda capilar ou à perda da qualidade dos fios. Cabelos sem brilho, quebradiços, mais finos e fracos, mesmo que não haja a queda propriamente dita, podem aparecer nessas situações.
Lembre-se: a prevenção é o melhor remédio! Mas, se você já tem algum desses sintomas, procure urgentemente um médico dermatologista.
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10 Comentários
Meu neto está com esse buracos na cabeça não sei 9 que fazer é o remédio pra fazer o tratamento
Olá Teresinha, tudo bem? Agradecemos o seu contato.
É uma situação realmente delicada e lamentamos que esteja passando por isso. O que indicamos é que procure ajuda médica, pois somente um médico poderá fazer um diagnóstico adequado do motivo da queda capilar. A LEDterapia poderá servir de tratamento complementar para ajudar no combate à queda.
Qualquer dúvida continuamos à disposição.
Meu filho nasceu com uma mancha de alopesia na cabeça, a pele é mais fina nessa area, nunca doeu ou coçou porem agora com 10 anos esse local que nao nasce cabelo esta ficando esponjoso
oque pode ser um fungo no local
Olá, Juliana, tudo bem?
Sentimos muito que esteja passando por essa situação com seu filho. Podem ser várias coisas, como o fungo que citou, e somente um dermatologista poderá dar o diagnóstico do seu filho por meio de uma avaliação presencial. Recomendamos que procure auxílio médico.
Desejamos melhoras e qualquer outra dúvida estamos à disposição.
Estou com algumas falhas na cabeça e elas são manchas vermelhas e quentes.
Olá, Ceil, tudo bem?
Agradecemos o seu contato e lamentamos que esteja passando por essa situação. Nesse caso, é importante que você procure um dermatologista para avaliar o seu caso, somente assim poderá ser feito o diagnóstico correto do seu problema e assim a causa poderá ser tratada.
Qualquer dúvida estamos à disposição.
Minha filha de 11 anos tem 2 feridinhas cicatrizadas,por conta da ansiedade descontrolada, ela tem muito cabelo, mas não anda mais com o cabelo solto por conta disso,gostaria de saber se o cabelo voltaria a crescer, quais produtos indicaria para tratar, comprei shampoo e condicionador de babosa.
Olá, Agatha, tudo bem?
Agradecemos o seu contato e lamentamos muito que sua filha esteja passando por essa situação, entendemos a sua angústia.
Sobre o caso, somente um médico, ao avaliar a causa da ferida, poderá diagnosticar corretamente o problema e avaliar a possibilidade do tratamento.
Qualquer outra dúvida permanecemos à disposição.
boa noite de 2 meses para cá observei alopecia na minha barba em 3 locais, tenho 39 anos e nunca tive esse problema antes,
Olá, David, tudo bem?
Sentimos muito que esteja com esse problema. É importante procurar um dermatologista ou tricologista para ele realizar o diagnóstico da origem da queda dos fios da barba, assim você poderá realizar o tratamento mais eficaz para o seu caso.
Caso tenha alguma dúvida, estamos à disposição.