Identificar as causas da queda de cabelo é o primeiro passo para buscar um tratamento adequado que viabilize reverter a condição ou, ao menos, estabilizá-la.
Devido ao ciclo capilar, a queda de cabelo é normal entre 50 e 100 fios por dia. Desde que ocorra a substituição desse fio por um novo.
Esse ciclo é dividido em três fases: anágena (crescimento dos fios), catágena (repouso) e telógena (queda). Cerca de 90% dos fios estão na fase anágena e 10% estão morrendo e caindo para serem substituídos por um novo.
A substituição ocorre quando o bulbo para de fornecer nutrientes ao fio e ele entra em repouso. Na fase telógena, que tem duração de três meses, um novo fio começa a empurrar o velho, que cai.
Esse processo, no entanto, pode sofrer interferências internas e externas, levando à queda de cabelo anormal – nas quais não há substituição do fio. Saiba mais a seguir!
O que você vai encontrar neste artigo:
ToggleSe você tem queda de cabelos, leia com atenção essas informações que irão ajudá-lo a decidir o que fazer. Apresentamos a seguir 7 importantes causas para queda de cabelo tanto em homens como em mulheres.
A principal causa de queda de cabelo nos homens é a somatória da tendência genética e a sensibilidade dos folículos ao hormônio masculino. Essa doença se chama alopécia androgenética. Cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos se queixam desse problema e apenas 5% das mulheres desenvolvem essa condição.
Os hormônios masculinos, especialmente a testosterona, causam a atrofia dos bulbos capilares, que são geneticamente sensíveis à substância. Inicialmente começa com afinamento dos fios, miniaturização, queda prematura sem reposição.
O problema começa a se instalar no homem ao redor dos 20 anos, sendo uma queda contínua, persistente e, quando não tratada, pode ser irreversível.
A queda inicialmente provoca as famosas entradas e, em seguida, a calvície no topo da cabeça. O processo de atrofia dos bulbos se concentra nessas áreas e não afeta tanto as laterais e nem a parte posterior.
Nas mulheres e em alguns homens, esse processo é mais lento além de começar mais tardiamente. Esses são os melhores casos para os tratamentos atuais.
As mulheres que sofrem de alopécia androgenética, apesar da doença ser menos agressiva e menos frequente, também se incomodam muito com a perda dos cabelos.
Portanto, se você tem história familiar de queda de cabelo, sendo mulher ou homem, a melhor opção é tratar precocemente. Aliás, quase tudo em saúde é assim. Quanto mais cedo você tratar, maior é a chance de cura.
Os hormônios femininos melhoram a qualidade dos cabelos em todos os aspectos. Volume, brilho, vitalidade, beleza. Quando você tem algum tipo de alteração hormonal, pode ocorrer queda ou piora da qualidade dos fios. E o pior é que as mulheres têm muita oscilação dos hormônios.
Entre as mudanças hormonais mais relacionadas às alterações no ciclo capilar está a gravidez. Durante os 9 meses da gestação os cabelos ficam lindos, fortes, maravilhosos! Cerca de 3 meses depois caem muito.
A queda de estrógeno, por exemplo, na menopausa, leva a alterações inequívocas. Muitas mulheres têm somente afinamento dos fios, ressecamento, perda do volume, e não chegam a ter queda. Mas o resultado estético é incômodo da mesma forma. Se esse é o seu problema, você deve ler mais sobre alopécia da menopausa em: Queda de cabelo na menopausa: Como tratar?
Outras questões que alteram os hormônios também podem estar entre as causas da queda de cabelo, como uso de anticoncepcional, anabolizantes ou reposição hormonal.
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A queda de cabelo por estresse é desencadeada por questões físicas como rotinas diárias excessivamente cansativas, exercícios físicos desgastantes (enduro), pós cirurgias ou ainda estresse emocional como excesso de trabalho, separações, problemas familiares, vestibular, etc.
O aumento da concentração de cortisol no organismo denota o estresse. E como os cabelos não são essenciais para o funcionamento do corpo, nosso organismo deixa de cuidar deles para socorrer outras áreas nas situações de estresse. O estresse é interpretado como perigo.
Tanto o estresse agudo como o crônico podem desencadear queda dos cabelos. Sendo mais frequente nas mulheres e geralmente se resolve espontaneamente. No estresse crônico (quando dura mais de 3 meses) essa queda acaba sendo mais persistente, mais severa e merece cuidados.
A alimentação está entre os principais fatores que influenciam a saúde em geral, incluindo a capilar.
A saúde do cabelo está diretamente relacionada à disponibilidade de nutrientes no organismo, incluindo proteínas, vitaminas e sais minerais que são responsáveis pelo crescimento e fortalecimento dos fios.
Quando o organismo está com falta desses nutrientes devido a uma ingestão insuficiente, essas substâncias são direcionadas às atividades consideradas mais vitais ou mais importantes, o que, definitivamente, não inclui os cabelos.
Portanto, para que o ciclo capilar funcione corretamente é preciso evitar dietas restritivas ou uma alimentação baseada em junk food, com baixo teor nutricional, para que as vitaminas e minerais essenciais consigam chegar até ele.
Ainda no aspecto alimentar e digestivo, entre as causas da queda de cabelo está a anemia, caracterizada pela deficiência de ferro no organismo.
A falta desse mineral diminui a concentração de hemoglobina no sangue, proteína fundamental para o transporte de oxigênio na corrente sanguínea.
Além da queda de cabelo, a anemia pode apresentar sintomas mais graves, como fadiga, déficit de atenção, palidez, tonturas e falta de ar. Em casos severos pode levar a quadros clínicos graves.
A anemia pode ser causada por outros problemas não relacionados à alimentação. Algumas pessoas podem ter anemia mesmo ingerindo quantidades adequadas de ferro.
Alguns medicamentos podem causar queda de cabelo. Os mais frequentes são alguns ansiolíticos, antibióticos e principalmente os quimioterápicos. Mas todos esses medicamentos são prescritos por médicos e com certeza você saberá esses efeitos colaterais e como tratar o problema.
O hipotireoidismo é uma doença que causa diminuição da produção dos hormônios da tireóide. Essa queda dos dois principais hormônios produzidos pela glândula, leva à queda de cabelos.
Além da queda de cabelo, outros sintomas relacionados à disfunção incluem: fadiga, sensibilidade ao frio, prisão de ventre, ressecamento da pele, ganho de peso, inchaço, rouquidão e fraqueza.
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