Sobre o autor
Para tratar a alopecia androgenética os médicos tricologistas são os profissionais mais habilitados para cuidar da pessoa afetada, graças a visão sistêmica que possuem do paciente, que pode não ser tão clara para outros profissionais do meio capilar. Ele reúne os requisitos necessários para gerar protocolos personalizados para alopecia androgenética.
No cenário atual existem diversos recursos para tratar a alopecia, no entanto, sabendo que cada paciente tem uma particularidade, cabe ao médico realizar um protocolo personalizado para cada um, tendo em vista as suas necessidades únicas.
O tempo de prescrever apenas Minoxidil e Finasterida para o paciente ficou para trás, é necessário ter um olhar sistêmico para cada indivíduo e assim indicar os melhores procedimentos, tratamentos tópicos e orais e assim obter o melhor resultado possível para cada paciente.
O que você vai encontrar neste artigo:
ToggleUma dúvida comum entre médicos dermatologistas é se realmente vale a pena se especializar em tricologia. Essa é uma pergunta relativamente fácil de ser respondida. A tricologia é um oceano azul, as publicações a esse respeito datam de 1990 para frente, antes disso haviam poucos artigos a respeito da alopecia.
Deste modo, com o avanço e conhecimento da população sobre o problema e a descoberta da possibilidade de tratamento, a procura por parte dos pacientes para tratar a calvície, a alopecia e a queda de cabelo tem aumentado consideravelmente.
Para o médico, é uma área extremamente vantajosa, pois ao mesmo tempo que o profissional consegue exercer a sua vocação médica, realizar diagnósticos com um olhar de saúde sistêmico, também são reconhecidos financeiramente pelos pacientes, pois eles conseguem enxergar valor real no tratamento. Não é sobre preço, é sobre valor agregado!
A cada dia que passa, o paciente tem episódios de estresse que podem desencadear o eflúvio telógeno. O modelo de sociedade atual está no auge desse problema. Antigamente era comum perguntar ao paciente se ele estava estressado, hoje a pergunta é diferente. Assumimos que ele está estressado e perguntamos como ele está lidando com o fato.
O ambiente de estresse já é suficiente para causar um quadro de queda capilar. Ao olhar para o paciente com a ótica da medicina integrativa, percebe-se que o cabelo permite fazer isso de maneira completa, já que ele mostra o que está acontecendo de modo geral com o paciente. Nenhum paciente tem queda de cabelo à toa, cabe aos médicos tricologistas encontrar o problema.
“Por trás da queda de cabelo há uma saúde querendo nos contar alguma coisa.” – Dra. Priscila Barreto
Um novo fenômeno está sendo observado: a busca de ajuda médica por meio de redes sociais. Pessoas chegam aos consultórios com receitas de babosa, potes de goma vitamínicas, com informações incorretas e que podem, muitas vezes, agravar um quadro de queda de cabelo. Inclusive, alguns estudos já evidenciam essa nova realidade, como vistos a seguir:
Somente um médico será capaz de realizar o diagnóstico de saúde clínica adequado e entender o que se passa internamente com o paciente e ajudá-lo por meio de protocolos personalizados para alopecia androgenética.
Quando se fala de alopecia cicatricial ou não cicatricial em ambos os casos sempre há um fator inflamatório envolvido. Cada dia mais estudos defendem que seja em um eflúvio telógeno, alopecia areata, alopecia androgenética masculina ou feminina, alopecias cicatriciais, líquen plano, foliculite, entre outros, sempre haverá esse fator, o que muda entre um caso e outro é a profundidade e intensidade desse infiltrado inflamatório.
O tratamento da tricologia deve ser apoiado em 4 pilares, sendo eles: saúde sistêmica, tratamento oral, tratamento tópico e associação de procedimentos. Levando em conta a junção destes aspectos, você será capaz de gerar protocolos personalizados para alopecia androgenética e outras condições. Confira a seguir.
Para entender o que pode estar originando a queda de cabelo do paciente, é necessário fazer um diagnóstico de saúde clínica. Cada paciente é único, e, portanto, necessita de cuidados particulares.
Há diversas condições que podem causar a queda de cabelo, como dietas que geram diminuição de micronutrientes (Carência de zinco, Vitamina D, Ferro, Vitamina B12), doença celíaca, dieta rica em carboidrato, problemas hormonais.
A dieta oferece um importante papel no caso da alopecia, como visto no estudo The Role of Diet as an Adjuvant Treatment in Scarring and Nonscarring Alopecia.
Sem dúvidas, um dos medicamentos mais prescritos para auxiliar no pilar oral do tratamento da queda de cabelo é o Minoxidil na sua forma oral. Há ressalvas no uso, como no caso de mulheres grávidas e pacientes cardíacos, porém ele encontra vasta comprovação na literatura especializada, como visto a seguir:
O Minoxidil oral não exercerá um papel na causa da alopecia, mas irá controlar a pressão arterial, promovendo um efeito vasodilatador e aumentando o fator de crescimento, deste modo, possibilitando o controle androgenético.
É importante prescrever um tratamento tópico personalizado para cada paciente, já que cada um possui uma microbiota do couro cabeludo única. Nesse cenário, é importante saber compor um tônico personalizado para cada tipo de couro cabeludo.
É importante saber responder perguntas como qual shampoo usar, quantas vezes lavar o cabelo e indicar tônicos personalizados de acordo com a necessidade do paciente, não apenas fórmulas genéricas que não atendem a particularidade de cada um. Quando você indica uma fórmula pronta, o paciente entende que você está fazendo mais do mesmo.
O shampoo serve para duas coisas essenciais: tratar o couro cabeludo ou a haste do fio. A maioria das pessoas buscam produtos que trabalham a haste do fio e se esquecem da saúde do couro cabeludo. Por exemplo, para pessoas que trabalham com toucas, o ideal é indicar um shampoo esfoliante que não permite o acúmulo do sebo, cultura de fungos e patógenos que podem agravar a queda.
O pilar do procedimento é onde se fideliza o paciente dentro do consultório. Há variadas opções disponíveis no mercado, como: mesoterapia, radiofrequência, laser, LED, e cada uma traz um benefício e resultado esperado. É importante que o profissional conheça todas as soluções para ser capaz de associar procedimentos. A LEDterapia entra como um trunfo, pois independente da escolha, ela é capaz de ser associada a todos os procedimentos.
A inserção de medicamentos via mesoterapia já encontra vasta aplicação na literatura:
Atualmente, no cenário da tricologia, a solução mais eficaz para aumentar a chance de sucesso de um procedimento é a associação de terapias.
Isso irá acarretar na melhora de obtenção de resultados, como também aumentar o valor percebido pelo paciente, já que ele entenderá o benefício ao se tratar com um profissional médico, capaz de cuidar dos quatro pilares da tricologia.
O uso de LEDterapia, por exemplo, irá auxiliar a diminuir fatores inflamatórios, descamação, dermatite seborreica, psoríase, entre outros.
A associação de procedimentos é o caminho ideal para compor os protocolos personalizados para alopecia androgenética.
Dentro da tricologia ainda se confunde muito a diferença entre LED e Laser. Ambos podem beneficiar o profissional e paciente, mas é necessário entender em qual espectro de atuação cada um pode ser útil.
A principal diferença é que o benefício do laser é criar zonas de lesão térmica no tecido, enquanto o do LED é proporcionar mais energia absorvida pelas mitocôndrias que produzirão mais ATP e consequentemente também mais energia para o crescimento da haste capilar.
A seguir, veremos com mais detalhes o mecanismo de atuação de cada uma dessas tecnologias.
Quando se fala em mesoterapia, laser ou MMP, esses três procedimentos estão englobados em um espectro de ação. A mesoterapia tem com o benefício da entregar a medicação na derme e epiderme. A radiofrequência microagulhada, o laser ou o próprio microneedling utilizando um derma roller ou um dermapen tem o benefício de criar lesão na epiderme favorecendo o estímulo das células-tronco da bulge area.
Os lasers mais comuns de serem encontrados em publicações científicas são o laser de iodo, fracionado não ablativo (Ex: Fraxel ou Resurfax) e o Fotona Capilar no modo smooth. Eles realizam uma energia colimada, ou seja, tem uma energia focal que, portanto, penetra mais. Sendo uma energia focal, ela promove uma lesão no tecido.
O laser junta essa energia dispersa, que fica mais focada e mais profunda, criando uma zona de lesão térmica no tecido. Para, assim como o microneedlling fez na pele, estimular células-tronco a iniciar uma nova fase anágena e a estimular fatores de crescimento e assim criar canais que podem servir de drug delivery, ou seja, que aumentam a permeação dos ativos.
O que a LEDterapia faz é diferente do aparelho de laser, pois ela não cria zona de lesão térmica no tecido. A energia jorrada pelo LED no espectro de luz vermelha (no caso da tricologia) irá se espalhar e atingir o cromóforo da célula. O cromóforo atrai a luz, e na célula ele está na mitocôndria (Citocromo C450). As mitocôndrias são as responsáveis pela produção de energia que a célula necessita para sobreviver.
As células do folículo piloso são as que mais se dividem, por isso em tratamentos contra o câncer, o cabelo cai, pois os quimioterápicos tem a função de parar a divisão celular, e as células do nosso corpo que mais se dividem são as células da matriz, que se encontram no folículo piloso.
Com essa divisão, mesmo que o paciente vá ao consultório realizar um procedimento de laser, é possível associar o benefício do LED dentro da tricologia e realizar protocolos personalizados para alopecia androgenética.
“A LEDterapia capilar é praticamente um neném, ainda está nascendo no meio de outras alternativas capilares.” – Dra. Priscila Barreto
As primeiras publicações da tricologia são de 1980 até os dias atuais, com as primeiras publicações falando sobre o uso do minoxidil tópico. As publicações de LEDterapia são ainda mais recentes, com as primeiras publicações voltadas a área da tricologia capilar a partir de 2009.
Em um dos estudos pioneiros sobre a LEDterapia, o autor via benefícios e os pacientes percebiam a melhora capilar com o uso da tecnologia, mas no final do artigo o próprio autor salienta que a única ressalva que tinha era a dificuldade de convencer os médicos sobre a sua eficácia. Reforçava que teria um árduo trabalho de convencer os médicos de que a luz faz o cabelo crescer.
Esse trabalho foi mais rápido do que ele imaginou. Em 2015, os primeiros dispositivos de LEDterapia tiveram o selo de aprovação do FDA, ou seja, convenceram os órgãos competentes da sua real eficácia de que efetivamente serviam para tratamento da alopecia.
Em comparação, a espironalactona, usada em alopecia padrão feminina, a dutasterida utilizada para alopecia androgenética masculina, comercializadas a cerca de 10 anos, até hoje não possuem um tem um selo de FDA approved.
Quando se fala em LEDterapia, uma das primeiras coisas que se precisa entender é sobre os seus parâmetros e como eles influenciam no tratamento. Um dos aspectos que mais impacta a efetividade do tratamento é a fluência, ou seja, a energia entregue para o tecido. A distância de aplicação também é outro fator crucial, pois quanto mais próximo da superfície, melhor. Quanto mais longe do couro cabeludo, menor a eficácia do tratamento.
Responsável pela profundidade de penetração de luz no tecido. Ou seja, quanto maior o comprimento de onda, maior o poder de penetração no tecido. Em aplicações superficiais é necessário comprimento de ondas menores, e o oposto em aplicações profundas.
Em se tratando de tricologia, não é necessário um comprimento de onda grande, para não haver uma lesão térmica do tecido.
Dentro da tricologia se utiliza o comprimento entre 630 a 680 nm, que é o padrão de luz vermelha.
Tempo que a luz precisa ficar sobre o local desejado que queremos tratar.
Pode ser pulsada ou contínua.
Outro fator determinante em se tratando de LEDterapia é a energia emitida ao tecido, ou seja, a fluência.
Conforme foi visto anteriormente, os fatores que mais impactam a absorção da luz são a fluência, ou seja, a energia entregue para o tecido, e a distância, pois ela que determina se a luz conseguirá penetrar o tecido, deste modo, a Capellux apresenta três soluções de tratamento para você compor os seus protocolos personalizados para alopecia androgenética. Confira a seguir:
O boné Capellux é indicado para pessoas com pouca densidade de cabelo, pois já em contato com a pele irá conseguir penetrar no tecido. Sua fluência é adequada para fins de uso domiciliar.
Apresenta a tecnologia Flex Tooth, espículas que conseguem atravessar o cabelo mais denso, promovendo menor distância do LED e o tecido, permitindo que mais energia seja absorvida.
É um capacete de uso exclusivamente médico justamente por entregar uma carga de energia maior, mais do que o triplo do Capacete i9. Devido a alta energia, é um equipamento que necessita ser manuseado por um profissional, pois seu uso em excesso pode trazer prejuízo para o paciente, danificando o tecido.
A LEDterapia é essencial para compor os protocolos personalizados para alopecia androgenética. Todos os benefícios listados abaixo foram comprovados a nível de evidência científica sobre a LLLT (Low Level Light Teraphy).
Com o aumento da produção de ATP há mais energia para fazer divisão celular. Se a célula do folículo piloso vive para se dividir e fazer uma haste saudável, ao melhorar o aporte de energia, ela se replica mais, e assim prolonga a sua fase de crescimento.
Durante a fotobiomodulação a mitocôndria também produz óxido nítrico, que beneficia a vasodilatação.
É indicado sempre utilizar antes de qualquer procedimento, pois ao aumentar a vasodilatação, o couro cabeludo terá uma resposta melhor a qualquer um dos ativos que for entregue a ele.
A LEDterapia realiza na célula um processo conhecido como fotobiomodulação, que produz o aumento de ATP. O ATP intracelular irá aumentar o número de mitoses, modular a atividade da célula, promove o aumento do diâmetro da haste e assim o aumento da cobertura da área. Ótimo para quem está sofrendo com a miniaturização do folículo e ideal para pacientes com alopecia androgenética.
Conheça o estudo: Photobiomodulation for the management of alopecia: mechanisms of action, patient selection and perspectives.
Em todas asalopecias sempre há um infiltrado inflamatório. A LLLT é capaz de diminuir os biomarcadores inflamatórios no couro cabeludo, levando a uma melhora do quadro. Você pode conferir mais em Low-Level Light Therapy Downregulates Scalp Inflammatory Biomarkers in Men With Androgenetic Alopecia and Boosts Minoxidil 2% to Bring a Sustainable Hair Regrowth Activity.
Os artigos tem comprovado uma ótima eficácia de entrega de Minoxidil com o uso da LLLT. A vasodilatação auxilia a distribuição do ativo e promove o aumento da receptividade celular dessas substâncias. O couro cabeludo molhado pode diminuir o efeito, porque a luz pode estar sendo absorvida pela molécula de água, o ideal é usar a LLLT em couro cabeludo seco e logo em seguida aplicar o tônico.
Pacientes com dermatite seborreica, descamação de couro cabeludo, excesso de oleosidade, quando usavam a LLLT de forma regular tinham uma melhora nessas queixas. A dúvida que instiga pesquisadores é se essa melhora está relacionada aos benefícios já conhecidos, ou ao efeito antiandrogênico associado à LEDterapia?
Você quer saber como usar a LEDterapia na sua clínica? Quer descobrir como você pode vender a LEDterapia no consultório para seus pacientes? Qual protocolo indicar em cada caso? A resposta a essas e outras perguntas você encontra na aula completa ministrada pela Dra. Priscila Barreto. Confira a seguir:
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2 Comentários
Esses conteúdos expostos é de extremo valor e relevância…..para que nós como pacientes e leigos no assunto, possamos ter certeza que estamos no caminho certo…deixo aqui meu agradecimento e parabéns a equipe Capellux!!!
Oi, Iara, tudo bem?
Ficamos muito contentes de saber que conseguimos esclarecer suas dúvidas sobre o assunto.
Continue nos acompanhando, pois sempre estamos atualizando nosso portal com as últimas descobertas em tratamento capilar.
Caso tenha alguma dúvida, estamos à disposição.