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ToggleLEDterapia e NASA? É isso mesmo! Você sabia que o cuidado com os cabelos tem uma ligação direta com as missões espaciais?
Pode parecer ficção científica, mas é pura realidade.
Surpreendentemente, o que começou como um experimento para ajudar astronautas a cultivarem alimentos no espaço se transformou em uma das descobertas mais revolucionárias da Medicina moderna… A LEDterapia.
Ao longo deste artigo, você vai descobrir como a fotobiomodulação – nome técnico para o uso terapêutico da luz – saiu dos headquarters da NASA para se tornar uma das soluções mais inovadoras para garantir a saúde humana em geral.
A LEDterapia, embora inicialmente desenvolvida para regeneração dos tecidos, também demonstrou efeitos benéficos em outras áreas, incluindo o estímulo ao crescimento capilar.
Prepare-se para uma jornada fascinante que conecta astronomia, ciência e bem-estar. Continue lendo para saber mais!
Era 1967. O cientista húngaro Dr. Endre Mester (1903–1984), pesquisador e presidente do Second Surgery Department na Semmelweis Medical University, em Budapeste, testava os efeitos da radiação laser de baixa intensidade em camundongos para verificar se ela poderia causar câncer1.
Por outro lado, o que ele encontrou foi algo muito diferente disso.
Os camundongos que tiveram áreas de pele raspadas para o estudo, quando expostos ao laser, começaram a apresentar como resultado um crescimento de pelos significativamente mais rápido do que o grupo de controle.
Mester não encontrou indícios de câncer. No entanto, esbarrou em um fenômeno que ele chamou de laser biostimulation.
Ou, como conhecemos hoje, Low-Level Laser Therapy (LLLT), também chamada de LEDterapia ou fotobiomodulação.
Era apenas o começo de uma longa jornada científica, que teria a participação crucial na NASA anos depois.
Apesar do entusiasmo inicial, porém, o alto custo da tecnologia laser nas décadas de 1960 e 1970 limitou a exploração do assunto pelo grande público2.
No final da década de 1980, engenheiros como Ron Ignatius (fundador da Quantum Devices) trabalhavam no Centro de Automação e Robótica Espacial de Wisconsin. Eles buscavam criar soluções para cultivar alimentos em missões espaciais de longa duração.
Em outras palavras, o objetivo era simples. Usar luzes LED vermelhas e azuis para otimizar a fotossíntese e garantir o crescimento de plantas, como batatas, em ambientes de microgravidade.
De fato, em 1995, um experimento no ônibus espacial Columbia demonstrou sucesso no cultivo de batatas usando LEDs.
Entretanto, algo curioso chamou a atenção dos cientistas.
Enquanto manipulavam os LEDs, eles notaram que pequenos cortes e arranhões em suas mãos cicatrizavam mais rapidamente do que o normal.
Intrigada, antes de mais nada, a NASA iniciou uma série de estudos em colaboração com pesquisadores como o Dr. Harry Whelan, neurologista do Medical College of Wisconsin.
Entre 1995 e 2003, oito contratos do programa SBIR (Small Business Innovation Research) financiaram experimentos com LEDs vermelhos e infravermelhos. A conclusão?
Feridas tratadas com LED cicatrizavam 50% mais rápido e músculos lesionados apresentavam recuperação 40% superior em relação aos grupos de controle3.
Essas descobertas foram decorrentes da criação do dispositivo WARP 10, desenvolvido com o propósito de ser usado pela força de elite da Marinha dos EUA para tratar lesões musculares, inflamações e dores em soldados4.
Uma mente que desvendou como luzes podem revolucionar a saúde humana: esta é a Dra. Tiina Karu.
Uma gigante no campo da fotobiomodulação, ela transformou a ciência por trás da LEDterapia em um campo muito mais respeitado e promissor.
Tiina nasceu em uma era de grandes descobertas científicas e rapidamente demonstrou seu talento para a Química e a Biologia.
Formou-se em Química pela Universidade de Tartu, na Estônia, e foi uma das pioneiras a explorar como a luz de baixa potência interage com tecidos biológicos.
Quando começou a investigar o potencial terapêutico de lasers e LEDs, o conceito de “luz que cura” era mais apontado como um delírio do que como possibilidade.
Ao longo de sua carreira, Karu liderou o Laboratório de Biologia e Medicina do Instituto de Tecnologias a Laser da Academia Russa de Ciências.
Foi onde descobriu que moléculas específicas nas células humanas – como a citocromo c oxidase, uma peça-chave na cadeia de transporte de elétrons – podiam absorver certos comprimentos de onda de luz5.
A absorção da luz desencadeava uma “cascata” de efeitos benéficos, úteis para tratar, diga-se de passagem, desde quedas de cabelo até feridas crônicas.
Karu publicou mais de 300 estudos, entre artigos científicos e livros. Dois deles, Photobiology of Low Power Laser Therapy (1989) e The Science of Low Power Laser Therapy (1998), tornaram-se verdadeiras “bíblias” para estudiosos da área.
Sua pesquisa ajudou a validar o uso de luz como uma ferramenta terapêutica legítima. Aos poucos, moveu a prática de um nicho experimental para uma área amplamente aceita e em expansão.
Em um mundo onde ciência e tecnologia se entrelaçam cada vez mais, Tiina Karu é um exemplo que até mesmo algo tão intangível quanto a luz pode carregar um potencial imenso… Desde que tenhamos curiosidade e determinação para estudá-la.
Embora a NASA não tenha criado a fotobiomodulação, foi com ela que o mundo descobriu amplas evidências do seu poder terapêutico. Estamos vivenciando uma revolução luminosa na Medicina.
Prepare-se: em breve, a luz não será apenas algo que acendemos ao entrar em um quarto. Será uma ferramenta essencial para o bem-estar diário de todas as pessoas.
No século XXI, os dispositivos de LED estão cada vez mais acessíveis e eficazes. Empresas como a Capellux estão constantemente buscando inovações que expandem os horizontes da LEDterapia.
E não é só nos cabelos que a luz se mostra eficaz.
Pesquisas estão investigando o uso de LEDs no tratamento de condições neurológicas, como depressão e ansiedade. A ideia de usá-los para equilibrar processos químicos no cérebro pode soar desafiadora, mas os estudos são impressionantes.
Quando focamos a luz, encontramos mais do que respostas – encontramos o futuro.
Referências bibliográficas:
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