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Um ano após o início da pandemia de COVID-19, ainda estamos descobrindo maneiras pelas quais o vírus pode afetar nossa saúde e bem-estar, incluindo queda de cabelo. Neste post, esclarecemos a relação entre o coronavírus e a queda de cabelo. Continue lendo!
O que você vai encontrar neste artigo:
ToggleO coronavírus, como outras infecções virais vistas anteriormente (dengue, zika, chikungunya) causa uma queda aguda dos cabelos, chama Eflúvio Telógeno Agudo. Os fios que estavam na fase de crescimento (chamada de fase anágena), migram para a fase de queda (fase telógena) e se desprendem precocemente do couro cabeludo e começam a aparecer no travesseiro, pia, roupas e no pente, ao pentear os cabelos.
No Covid-19 cerca de ⅓ dos pacientes serão acometidos. Hoje sabe-se que até os pacientes assintomáticos podem evoluir com queda de cabelo, mas ela ocorre principalmente nos que apresentaram febre. O que é decorrente da inflamação causada pelo vírus com uma “chuva de citocinas inflamatórias no nosso corpo”.
Além disso, o eflúvio telógeno, sabidamente possui relação com estresse e o covid nos trouxe sobrecarga emocional, o isolamento social, as mudanças na rotina e hábitos, finanças, educação dos filhos, medo de pegar a doença, dentre outros.
Segundo pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os casos de estresse aumentaram 80%, sendo as mulheres as mais propensas a sofrer com ansiedade e estresse durante esse período de pandemia.
Infelizmente as consequências do estresse severo é o aumento do hormônio cortisol, que leva à queda de cabelo.
Usualmente, o eflúvio telógeno, surge após 2 ou 3 meses do fator desencadeante. No entanto, os estudos mostram que, com o COVID-19 ele tem se comportado de maneira atípica, surgindo mais precocemente. Caracteriza-se pela perda de mais de 100 fios de cabelos por dia, os fios se desprendem inteiros, com a raiz.
O médico dermatologista consegue avaliar se a queda de cabelo está acima do normal com o pull-test e a dermatoscopia do couro cabeludo.
Na maioria das vezes a queda de cabelo causada por estresse dura até 3 meses e se reverte espontaneamente.
No entanto, quedas muito expressivas podem tornar o couro cabeludo mais aparente (cabelo mais ralo), tornando aparente um problema capilar que antes não havia sido diagnosticado, como a alopecia androgenética (calvície).
Sim! A calvície pode vir a aparecer após um eflúvio! Não que o eflúvio tenha causado a calvície, mas como o desenvolvimento da calvície é um processo lento, a queda mais aguda fez com que ela ficasse perceptível mais precocemente.
Por isso é importante acompanhamento com um médico dermatologista.
Alguns pacientes queixam-se de que a queda de cabelo ocorreu durante a infecção pelo covid. Há relatos de pacientes internados em UTI, nos quais os médicos e enfermeiros intensivistas notaram queda de cabelo aproximadamente nos 40º dia de infecção. Esta precocidade de evolução talvez seja justificada pela gravidade do quadro sistêmico.
Outro fato que não deve ser menosprezado é a influência do estresse psicológico que todos estamos vivendo que também causa eflúvio telógeno, como mencionado anteriormente, portanto, um paciente com COVID19 pode estar tendo queda no momento da infecção em decorrência do estresse dos meses anteriores.
Caso você já tenha problemas capilares ou tenha passado por um período de eflúvio telógeno anteriormente, procure um médico dermatologista, redobre seu autocontrole, tenha paciência e cuide bem dos seus fios.
Você pode também fazer uso da LEDterapia, dispositivo de LED que auxilia no combate a queda de cabelo.
Para ajudar a reduzir suas chances de queda de cabelo, você pode tomar as seguintes medidas preventivas:
Uma recomendação para ajudar a evitar a queda de cabelo é por meio de uma dieta saudável, rica em proteínas e vitaminas, incluindo vitamina D, vitamina C e biotina. A suplementação só deve ser instituída com orientação médica após a visualização de exames laboratoriais. Tendo em vista que o uso inadvertido de vitaminas pode desencadear hipervitaminoses.
Tente reduzir seu estresse . Reserve um tempo todos os dias para meditar, mesmo que seja apenas por alguns minutos. Passe algum tempo em contemplação silenciosa ou faça algo que o relaxe, como ler, cozinhar ou dar um passeio. Desconecte-se das redes sociais e da TV.
Converse com seu médico sobre sua queda de cabelo e quaisquer outros sintomas no couro cabeludo que possam estar ocorrendo. Embora um dermatologista geralmente trate a queda de cabelo, um médico de atenção primária pode solicitar análises de sangue ou outros exames para descartar outras causas subjacentes.
Estamos torcendo para que esse período acabe logo, e que você não tenha queda de cabelo, mas se tiver, lembre-se que também isso vai passar! O coronavírus e a queda de cabelo são passageiros!
2 Comentários
Tive hepatite C (fiz tratamento durante uns 3 anos e me curei), mas me deixou com cirrose no fígado , plaquetas baixas e diabetes e tive COVID-19 em junho de 2022. Então comecei a observar uma queda de cabelos forte que está me causando uma “careca ” e muito estresse! Como devo fazer pra resolver esse problema? Obrigada.
Olá Joana, tudo bem? Deve ter sido realmente uma situação muito delicada geradora de grande estresse no organismo. O ideal neste caso é consultar um médico para obter o diagnóstico adequado do problema e entender o que está causando a queda de cabelo. Tendo isso em mãos, você pode utilizar a LEDterapia como tratamento complementar no combate à queda capilar. Desejamos que tudo se resolva da melhor maneira possível. Qualquer dúvida continuamos à disposição.