O LED azul foi inventado na década de 90 pelos cientistas Isamu Akasaki, Hiroshi Amano, e Shuji Nakamura. Essa descoberta foi revolucionária, pois, antes disso, LEDs eficientes existiam apenas em outras cores. Em reconhecimento à sua importância, os três cientistas receberam o Prêmio Nobel de Física em 2014 pela criação do LED azul.
Essa descoberta abriu portas para diversas aplicações, como telas de dispositivos, tecnologias de comunicação e em mais recentes pesquisas, tem se mostrado muito eficiente para aplicações na área da saúde e estética no campo da fototerapia.
Em um estudo1 inédito conduzido pela tricologista Priscila Vareschi foi possível vislumbrar os resultados promissores da eficácia do LED Azul na permeação cosmética da fibra capilar, trazendo novos horizontes para tricologia. Confira a seguir todos os detalhes dessa pesquisa.
O que você vai encontrar neste artigo:
ToggleNo campo da tricologia, os avanços no uso de diodos emissores de luz (LEDs) abriram novas possibilidades para aplicações clínicas voltadas a tratamentos estéticos e cosméticos.
Embora os benefícios terapêuticos da luz sejam conhecidos desde a antiguidade, foi apenas nas últimas décadas do século XX que a ciência avançou significativamente, permitindo uma expansão acelerada das técnicas e do conhecimento nesse campo.
Em estudo2 divulgado em 2021 na revista ‘Lasers in Medical Science’ mostrou que o LED azul interage com fotorreceptores do folículo piloso, e assim como o LED vermelho, também tem potencial de ajudar no crescimento capilar.
Outra pesquisa3 divulgada na ‘Lasers in Surgery and Medicine’ corrobora os fatos encontrados na pesquisa divulgada em 2021, mostrando que o folículo piloso possui fotorreceptores para a luz azul.
Em artigo4 ainda mais recente, publicado em 2024, ao se comparar o uso do LED vermelho com o LED azul, comprovou-se que o LED azul tem o potencial de aumentar o diâmetro da fibra capilar.
Diversos estudos5 na área de dermatologia indicam que o LED azul tem um grande potencial para modular o processo inflamatório, contribuindo também para a melhora da barreira epidérmica. O uso do LED azul, tanto no tratamento dermatológico quanto em terapias capilares, tem ganhado cada vez mais destaque. No entanto, embora sua eficácia na pele seja bem documentada, ainda não há publicações específicas sobre seus efeitos na fibra capilar, tornando a pesquisa “A eficácia do LED Azul na permeação cosmética da fibra capilar” pioneira no segmento.
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“Ao longo de 12 anos tratando meus pacientes com LED azul, sempre percebi uma grande melhora na saúde e na reparação da fibra capilar”, comenta a especialista Priscila, em webinar exclusivo para a Capellux.
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O trabalho1 conduzido pela pesquisadora teve como objetivo principal investigar o impacto da luz LED azul na permeação de ingredientes cosméticos na fibra capilar de diferentes etnias (caucasiana, africana e asiática) e analisar as mudanças nas propriedades físico-químicas desses fios de cabelo após a aplicação de cosméticos e da irradiação com LED azul.
A justificativa para o uso do LED azul se baseia em suas diversas aplicações clínicas e na sua capacidade de facilitar a permeação de cosméticos na fibra capilar.
A fibra capilar, sendo composta por células mortas, não pode se regenerar biologicamente, o que torna os cosméticos a única forma de melhorar suas propriedades estruturais.
O estudo avaliou como o LED azul pode intensificar a ação de tratamentos cosméticos e se sua irradiação influencia de forma significativa as características da fibra capilar, como permeação de ingredientes, aumento do diâmetro e resistência dos fios.
A pesquisa foi realizada utilizando fios de cabelo virgens de três grupos étnicos: caucasiano, africano e asiático, todos livres de tratamentos químicos. Os fios de cabelo foram divididos em quatro grupos experimentais, cada um passando por diferentes tratamentos.
O LED azul utilizado emitia luz a uma dosimetria de 9,6 joules, e a exposição ocorreu tanto no modo pontual quanto no modo varredura, com cada tratamento durando 60 segundos.
O cosmético utilizado era composto por ácido hialurônico, polímeros aminofuncionais e nanopartículas de sericina.
Os resultados mostraram que a interação do LED azul com a fibra capilar variou significativamente entre as etnias:
Cabelo Africano: O grupo de fios africanos irradiados com LED azul (modo varredura e modo pontual) apresentou os menores índices de permeação dos ingredientes cosméticos, além de uma menor resistência e menor aumento do diâmetro da fibra capilar. Isso indica que o LED azul teve menos eficácia em melhorar as propriedades físico-químicas dos fios africanos.
Cabelo Caucasiano e Asiático: Em contrapartida, os fios caucasianos e asiáticos irradiados com LED azul no modo pontual apresentaram um aumento expressivo na permeação dos ingredientes cosméticos. Houve também uma melhoria significativa na resistência dos fios e no aumento do diâmetro da fibra capilar quando comparados ao grupo tratado apenas com cosmético. Esses resultados sugerem que o LED azul pode potencializar a ação dos cosméticos nesses tipos de cabelo, promovendo maior absorção dos ingredientes e melhorando a estrutura capilar.
A conclusão principal do estudo é que a aplicação do LED azul contribui para a permeação de ingredientes cosméticos, especialmente em cabelos caucasianos e asiáticos. A luz LED parece ter um impacto significativo na melhora da resistência, aumento do diâmetro dos fios e na permeação dos ingredientes. No entanto, o estudo também ressalta que, em cabelos africanos, a eficácia do LED azul foi menor, possivelmente devido a características estruturais específicas dessa fibra capilar, como a maior irregularidade no diâmetro ao longo do fio e o fato de sua forma elíptica.
A pesquisa é inovadora ao avaliar as diferenças de resposta ao tratamento com LED azul entre diferentes etnias, um aspecto muitas vezes negligenciado nos estudos sobre cuidados capilares.
O trabalho ainda abre espaço para futuras investigações, sugerindo que novas pesquisas explorem outros parâmetros do LED, como diferentes dosimetrias e tempos de exposição.
Além disso, a autora destaca a necessidade de avaliar se outros cosméticos que não sejam nanoparticulados também apresentam essa resposta. Em algumas evidências encontradas pela autora, o LED azul se mostra efetivo para ajudar na permeação de óleo vegetal no cabelo, trazendo novas possibilidades de estudo na área de reparação lipídica.
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1 Fugimoto, P. V. C. (2023). Avaliação da eficácia do LED azul na permeação de ingredientes cosméticos na fibra capilar. Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, SP. Disponível em: https://repositorio.univap.br/items/f292d94d-c510-4f28-a45e-0654c9212a23/full . Data de acesso: 16 set. 2024
2 Lodi, G., Sannino, M., Cannarozzo, G. et al. Blue light-emitting diodes in hair regrowth: the first prospective study. Lasers Med Sci 36, 1719–1723 (2021). https://doi.org/10.1007/s10103-021-03327-9
3 Buscone, S., Mardaryev, A.N., Raafs, B., Bikker, J.W., Sticht, C., Gretz, N., Farjo, N., Uzunbajakava, N.E. and Botchkareva, N.V. (2017), A new path in defining light parameters for hair growth: Discovery and modulation of photoreceptors in human hair follicle. Lasers Surg. Med., 49: 705-718. https://doi.org/10.1002/lsm.22673
4 Silva LF, Baptista A, Ma-chado ACHR. The use of photother-apy with different wavelengthsin the treatment of Androgenetic Alopecia. Brazilian Journal of Hair Health. 2024;1:bjhh10. doi: https://doi.org/10.62742/2965-7911.2024.1.bjhh10
5 Sadowska M, Narbutt J, Lesiak A. Blue Light in Dermatology. Life (Basel). 2021 Jul 8;11(7):670. doi: 10.3390/life11070670. PMID: 34357042; PMCID: PMC8307003.
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